Problema:
A Hanseníase é uma doença crônica causada pelo Mycobacterium leprae, bactéria intracelular obrigatória de células do sistema mononuclear fagocitário e células de Schwann, não cultivável de crescimento lento e com grande período de incubação. Estes motivos, aliado à baixa sensibilidade das técnicas baciloscópicas tornam difícil o diagnóstico da doença.
Suas formas clínicas variam em um amplo espectro intimamente relacionado com padrões imunológicos do hospedeiro. No Brasil, os dados sobre a doença são alarmantes ocupando o 2o lugar do mundo em número de doentes e o 1o lugar da América Latina.
A cadeia de transmissão é pouco entendida. Possivelmente, existe um número não definido de pessoas infectadas, assintomáticas e que poderiam exercer papel ativo na transmissão da doença, prejudicando o seu efetivo controle.
O diagnóstico é baseado em sintomas, utilizando ensaios por ELISA e PCR para definir a classificação dos pacientes em multibacilares ou paucibacilares, embora não existam antígenos ou anticorpos padrões para o diagnóstico e o uso de vacinação para ser um procedimento inadequado.
O acesso à seqüência completa do genoma do M. leprae tem favorecido a identificação de regiões específicas do bacilo auxiliando o desenvolvimento de novas ferramentas para o seu diagnóstico.
Solução:
Visamos desenvolver biomarcadores baseados em ácidos nucléicos e proteínas buscando a melhoria do diagnóstico da Hanseníase, o prognóstico de reações hansênicas e o monitoramento de contatos quanto ao risco de desenvolver a doença por phage display, proteômica e com plataformas biofotônicas e eletroquímicas.